Conselho de Agricultura trata de distribuição de água

Cinco pautas nortearam a reunião do Conselho Municipal de Agricultura de Sul Brasil, na tarde desta quinta-feira (10) no Auditório da Câmara de Vereadores. O maior debate ficou em torno da estiagem.
 
A Secretaria de Agricultura apresentou dados preocupantes sobre a capacidade de atendimento da Prefeitura em relação à demanda gerada pela estiagem. De novembro até fevereiro, estima-se o gasto superior de R$ 200 mil em transporte de água para perímetro rural em mais de 120 propriedades. O custo médio por carga é de R$ 142,00 para transporte de água de consumo animal e de R$ 202,00 para água potável.
 
O assunto foi o mais relevante da reunião e ficou definido que um projeto de lei será apresentado na Câmara de Vereadores na próxima semana. Trata-se da implantação de taxa para o serviço de transporte de água. Houve consenso entre os conselheiros que é necessária a cobrança de taxa tanto para água potável quanto para consumoanimal. O valor estipulado foi de R$ 50,00 por descarga e essa cobrança será feita 60 dias após a aprovação da lei.
 
Os conselheiros também comentaram sobre a retomada de trabalho de fontes e que haja mutirões entre vizinhos para realizar mais de 100 fontes que estão na fila de espera. O secretário municipal de Agricultura, Antonio Kviatkoski, lembrou que em 2021 foram concluídas mais de 50 fontes e que a maior dificuldade de continuar o foco no serviço foi justamente ter de 4 a 6 funcionários todos os dias envolvidos com o transporte de água e também que o Município tem duas retroescavadeiras, sendo que uma está em mecânica e outra atende outros serviços. O secretário comentou que nas próximas semanas chegará uma retroescavadeira articulada pelo secretário de estado Altair Silva e que isso facilitará o trabalho.
 
Por fim, o Conselho disse esperar a aprovação legislativa e tratou de outros assuntos como o prazo para cadastro de incentivo de silagem, aprovação de crédito fundiário, incentivo a alunos de escolas agrícolas do ensino médio e medição de áreas de incentivos de silagem e plantio.
 
O prefeito Maurílio Ostroski lembra que o conselho é soberano nas decisões, que é formado por pelo menos dois membros de cada comunidade, e que é um trabalho voluntário em prol do desenvolvimento agrícola. “Queremos agradecer a participação de todos e parabenizar nosso agricultor pela sua garra mostrada nesse período de tantas dificuldades”, afirma.