Sul Brasil promove Projeto Inclusão Digital para pessoas idosas
O Projeto Inclusão Digital para os Idosos já está em seu quarto ano na cidade de Sul Brasil e já atendeu inúmeras pessoas dessa faixa etária. Neste ano, o projeto está atendendo cerca de 30 idosos.
Os encontros são realizados em pequenos grupos e de forma presencial, contando com uma profissional instrutora para executar as atividades. “O projeto é executado através do Fundo Municipal do Idoso, o qual foi aprovado em edital e recebeu apoio da instituição parceira Unibanco, a qual destinou parte de imposto de renda para execução da proposta. Ações como essas são realizadas com diversas parcerias municipais e comunitárias, bem como das equipes profissionais da prefeitura, os quais disponibilizam espaço para os encontros, materiais e profissionais para acompanhar e desenvolver as atividades”, diz Simone Rottava.
Miriã Rezende é a instrutora do projeto e comenta que a inclusão digital é fundamental para promover o bem-estar, garantir autonomia e até mesmo, reforçar a saúde mental. “Esses idosos não são nativos digitais, também não participaram de uma transição da tecnologia, assim, para eles a informação é muito direcionada, estando só na TV, rádio e jornal. Por exemplo, o Facebook traz diferentes janelas e camadas, que podem ser confusas, por isso é necessário que o aluno forme a imagem de que o digital no celular é diferente de uma tela de televisão ou computador”.
A inclusão digital tem se mostrado benéfica para idosos, na medida em que os ajuda a desenvolver várias habilidades. A utilização permite aprimorar os sentidos, a memória e a coordenação motora, contribuindo para manutenção das capacidades físicas e psíquicas e ainda preservando a qualidade de vida por mais tempo. “O perfil do mundo está em constante mudança, por isso precisamos pensar na qualidade de vida destes idosos, pensar o quanto vamos entregar a eles para eles tenham uma velhice confortável e com lucidez. As redes sociais são com certeza uma ferramenta de reinvenção, de criatividade e que tornam tudo possível”.
A terceira idade não está “velha demais” para aprender. Pelo contrário é uma geração que possui muito interesse e como sujeitos, independente de idade, pode se dedicar a aprender o que deseja. Entender as dificuldades para ensinar é fundamental para que os resultados de um trabalho como esse sejam positivos. “Coisas que podem parecer simples para a maioria das pessoas é um desafio para quem não está acostumado com a tecnologia, como o caso da idosa que sofria para fazer selfies e por desconhecer os recursos do próprio telefone. Quando eu apertei o botão e que a câmera virou, ela disse: ‘estou me vendo, não preciso mais virar o celular’ e isso é satisfatório”, afirma a instrutora.
Fonte: Jornal Imprensa do Povo