Abril Azul: mês da conscientização sobre o autismo
Apesar do Dia Mundial de Conscientização do Autismo ser celebrado em 2 de abril a campanha Abril Azul busca trazer visibilidade para o tema durante todo o mês, como forma de mobilizar a sociedade sobre essa condição ainda desconhecida e discriminada por muitos.
O azul foi definido como a cor símbolo do autismo, porque a síndrome é mais comum nos meninos — na proporção de quatro meninos para cada menina. A ideia é iluminar pontos importantes do planeta na cor azul para chamar a atenção da sociedade sobre autismo e levantar a discussão a respeito dessa complexa síndrome.
O autismo —Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) — é uma condição de saúde caracterizada por déficit em duas importantes áreas do desenvolvimento: comunicação social e comportamento. Não há só um tipo de autismo, mas muitos subtipos, que se manifestam de uma maneira única em cada pessoa. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento — há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (comorbidades), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), segundo a ONU, atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a estimativa é que existam cerca de 2 milhões de autistas. E atinge uma em cada 160 crianças, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Os primeiros sinais de autismo podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, em alguns casos até antes. E o diagnóstico ocorre entre o segundo e o terceiro ano de vida da criança. E, mesmo que não exista uma cura para essa condição, quanto antes começar o tratamento – ainda que não tenha um diagnóstico fechado e que seja apenas uma suspeita clínica -, as chances de melhorar os sinais do autismo aumentam, logo a qualidade de vida dessa criança também melhora.
O tratamento deve ser multidisciplinar: médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e pedagogos. Remédios só são indicados para quadros mais graves que apresentam agressividade ou que apresentem doenças paralelas, como depressão. Caso tenha dúvidas, procure um neuropediatra ou psiquiatra da infância e da juventude.