04 de março – Dia Mundial da Obesidade
A obesidade é considerada uma doença crônica causada pelo acúmulo de gordura localizada em diferentes partes do corpo.
A principal causa de obesidade é a alimentação inadequada ou excessiva. Quando o consumo de calorias da alimentação é maior do que o gasto calórico há um desequilíbrio entre a energia que é inserida no corpo por meio das refeições e a energia gasta pelo corpo nas atividades do dia a dia, fazendo com que ocorra o acúmulo de gordura. Por isso, o sedentarismo é o segundo fator importante que contribui para a obesidade.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a obesidade no Brasil já atinge a cerca de 18,9 % da população.
Existem diferentes tipos de obesidade, sendo que a obesidade de grau I é considerada obesidade leve; a obesidade de grau II é a obesidade moderada e a obesidade de grau III, é a obesidade mórbida.
Como é feito o diagnóstico para obesidade? O diagnóstico é realizado por meio do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), que avalia a relação entre o peso e a altura. Quando o IMC é maior do que 30, a pessoa é considerada obesa.
O paciente com obesidade pode apresentar problemas e complicações diversas. Quanto maior o índice, mais chances de desenvolver diabetes, problemas cardiovasculares e nas articulações, hipertensão arterial e depressão, problemas diretamente ligados à pior qualidade de vida e menor longevidade.
Quando se trata de dados de obesidade infantil os números também são alarmantes: “Os registros do Brasil sobre o cenário nutricional apontam que, em 2020, das crianças acompanhadas na Atenção Primária à Saúde do SUS, 15,9% dos menores de 5 anos e 31,8% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso, e, dessas, 7,4% e 15,8% apresentavam obesidade, respectivamente, segundo Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade. Quanto aos adolescentes acompanhados na APS em 2020, 31,9% e 12% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente” (https://aps.saude.gov.br/noticia/13378)
A enfermeira e coordenadora Aline Lemes de Souza reforça que não existe uma fórmula específica para tratar e curar a obesidade. A adoção de um estilo de vida mais saudável, com controle na alimentação e aumento da atividade física são consideradas as formas mais simples e eficazes para reverter a obesidade, mas devem ser mantidas ao longo da vida, já que essa mudança não provoca apenas a redução do peso, mas também facilita a manutenção do quadro saudável.
Seguem algumas dicas da Nutricionista Paula Andressa Bernardes de Oliveira e Educadora Física Daniela Signor:
Alimentação saudável
• Dê preferência para alimentos in natura (frutas, legumes, vegetais, temperos naturais, ovos, carnes, leite);
• Prefira os alimentos integrais;
• Evite alimentos ricos em açúcar, sódio e gorduras, encontrados em biscoitos, bolachas e refeições prontas;
• Limite o consumo de bebidas adoçadas artificiais como refrigerantes e sucos industrializados;
• Reduza o número de vezes em que a família vai comer fora, especialmente em restaurantes de fast food;
• Não exagere ao servir as próprias porções;
• Faça uma lista de compras antes de ir ao mercado e não vá ao mercado com fome;
• Leia os rótulos dos alimentos antes de comprá-los se a LISTA DE INGREDIENTES for muito longa ou tem nomes de aditivos químicos então é um alimento ultraprocessado e deve ser evitado;
• Planeje suas refeições com antecedência e tente variar o seu cardápio em casa;
• A alimentação demanda tempo e deve ser responsabilidade de todas as pessoas da família, e as crianças também podem ser envolvidas na cozinha;
• A prevenção da obesidade ocorre desde a primeira infância, por isso é importante incentivar o aleitamento materno e evitar que a criança entre em contato com açúcar e alimentos industrializados no mínimo até os 2 anos de idade;
Prática de atividade física
• Faça exercícios e caminhe mais: o exercício regular, mesmo que aeróbico é importante para um estilo de vida saudável e para manter um peso ideal a longo prazo. Uma dieta com alimentos saudáveis combinada à prática de atividade física ajuda a queimar calorias e a evitar mais ganho de peso. Fazer exercícios também promove outras vantagens, como a redução na gordura abdominal, melhor controle do açúcar no sangue, melhora dos níveis de pressão arterial e redução dos riscos de doenças cardiovasculares.
O Ministério da Saúde recomenda que adultos façam atividade física moderada de 150 a 300 minutos ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa, por semana, quando não houver contraindicação. A estimativa é de que o sedentarismo seja responsável por 15% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS).
Lembrando que na Unidade de Saúde ofertamos os serviços da Academia da Saúde e temos uma equipe multiprofissional que realiza o acompanhamento. Para utilizar os serviços da Academia da Saúde, todo paciente com grau de obesidade deve passar por avaliação médica.